29 outubro 2010

A questão do 45

Até que ponto devemos considerar a situação econômica e as questões éticas nessas eleições? Itamar Franco era um solteirão convicto; Fernando Henrique, ateu; Lula, beberrão assumido. Nos últimos anos não estamos lidando exatamente com exemplos de bons costumes.
Uma economia estável conduz o país a um modelo mais igual e digno. Justiça social também é ideal cristão. Assim, seria injusto dizer que um governo preocupado com o social possa estar desvinculado do aspecto ético.
Todo mundo tem culpa no cartório se pensarmos em partidos. O ficha limpa pegou o PSDB, DEM, PT... Uma prova de que política partidária está muito desgastada. No entanto quero lembrar que estamos diante de uma eleição onde essa política é absolutamente fundamental no aspecto ideológico dos candidatos. Estamos diante de um partido que defende essencialmente os trabalhadores. Outro que defende a democracia. Ambos tem a justiça social, o desenvolvimento com economia forte nos seus programas. Mas tem diferenças sim sob diversos aspectos vejamos:
Por que nos últimos oito anos não tivemos greves gerais? Por que a UNE e a CUT não estão nas ruas reivindicando nada? Por que o MST só fez um ato marginal no congresso até voltar a receber para invadir à toa por ai? Ora, minha gente; se as nossas universidades públicas e empresas estivessem todas a vapor máximo... Se os nossos professores estivessem recebendo bem... Ou na reforma agrária tivesse gente séria envolvida nesse governo.., isso talvez justificaria. Mas é essa a realidade? Não! Por isso, deixemos de ser ingênuos. Esse governo loteou os cargos entre esse pessoal. É assim que o PT entende defender os trabalhadores.
A opção por votar 45 não tem nada a ver com somente o aborto ou a questão do casamento gay. Tem a ver com dar uma limpada nesse apadrinhamento. Outra coisa é a saudável alternância de poder, além de uma resposta ao ato vergonhoso do presidente deixar de trabalhar para fazer campanha da cria.

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