03 novembro 2010

Tropa 2 achincalhou a PM

Fiquei assustado quando vi o capitão nascimento propondo o fim da PM no filme. Ideia estúpida sobre uma das poucas instituições de segurança que temos. No entanto, reflitamos sobre essa supervalorização dos comportamentos artistico-jornalísticos. É muito comum vermos nos filmes americanos fantasias conspiratórias sobre o FBI, a CIA o DEA etc. E olhe lá que estamos falando de instituições federais, assim como é aqui a PF. A diferença, é que lá eles entendem a mais tempo sobre liberdade de expressão e nós ainda temos a herança de um conservadorismo advindo do período ditatorial. Ou seja, não estamos acostumados a encarar ficção como instrumento de opinião, assim como informação jornalística. Tudo que vemos em telejornais ainda vira fato e toda opinião artística vira influência. Acredito que devemos amadurecer mais o modelo democrático. Assim, proponho que vejamos o filme como uma posição do artista que mostra a cara e é passível de críticas. Muito talentoso, diz outras boas coisas por lá.
A PM do Rio ficou desapontada ao saber que colaborou com o Zé Padilha para fazer o filme e acabou sendo mais uma vez achincalhada. Talvez ele tenha sido um pouco desonesto, após contar com a ajuda deles ao permitir acesso à corporação, mostrando o trabalho social dela e revelando seu lado bom que em nenhum momento foi retratado no filme. Entretanto, é muita ingenuidade deixar de levar em consideração o típico comportamento do Padilha. Quem conhece jornalista artista, como ele, sabe que esse tipo não expressa exatamente o que vê. Ao contrário, ele resolve ler os fatos com sua visão crítica particular sobre o processo e tem de dar uma pitada de polêmica para ser falado.

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