03 maio 2010

Adeus Ciro

Lamentei a ausência do Ciro Gomes nessa campanha. Não sei quantos minutos o PSB vão representar para Dilma no Horário Eleitoral, nem qual ministério foi negociado com eles, mas seria interessante ter mais alguém pondo lenha nessa eleição monótona. Não que o Ciro represente nada de muito diferente, mas certamente seria uma pedrinha nos sapatos tão acolchoados dos atuais candidatos proeminentes. Com certeza ele ia querer descontar os golpes baixos do Serra em 2002 e bater um pouquinho na blindagem do Presidente, por ter estado lá. O executivo perde no debate, pois o povo vai ter uma briga entre o Lula testando se a sua popularidade alcança a dificuldade da Dilma ser simpática e o Serra de provar se o Brasil pode mais mesmo.
Não que eleição deva ser big brother e a gente deva gostar de ver pessoas se degladiando. É somente o desejo de ver essa democracia, que se diz estabelecida, ter um pouco do que se diz ser.
Um partido vendeu a alma pelo benefício da dúvida excluindo um correligionário de um direito legítimo. Subentende-se que o Presidente, não muito amante de democracia, acabou por ameaçar o PSB por debaixo do pano. É só o que é possível deduzir. O PSB abriu mão de Ciro, que se declarou já não apoiador do Serra, e o partido deixou de lado a oportunidade de conseguir ter maior poder de negociação em um segundo turno. Por que será? Só dá pra crer que houve mãozinha de quatro dedos na jogada.
Essa burrice estratégica do PSB demonstra que talvez o nosso presidente tenha um poder de ameaça muito maior do que imaginamos. Nosso presidente, companheiro de Fidel e Chavés, está com diversos processos em andamento por fazer campanha antes da hora. É um camarada que sem dúvida não se preocupa com ética nem por cima nem por baixo do pano.

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