07 abril 2010

Música ruim = Música de mal-educado?


É incrível como tem gente sem noção por aí que acha estar sozinho no mundo. Aluno que chega em sala de aula com som alto, gente que põe subwoofer que se ouve a kilômetros de distância, imbecil que para em posto de gasolina pra ficar bebendo até de madrugada enquanto não deixa ninguém dormir com cornetas de trio elétrico dentro de carro rebaixado. Não consigo entender como até umas meninas bonitinhas resolvem gostar de caras assim, é a prova de que beleza e cérebro muitas vezes não andam juntos. Infelizmente, todo mundo tem no seu bairro alguns imbecis com esse tipo de "cota dada à sociedade", por isso quero refletir sobre uma questão: que tipo de música é que esse povo ouve? Não vi nenhum desses tocando Djavan, ou Tom, ou Lenine, só aquela pagodaria, forró, arrocha ou funk do Rio. Foi ao perceber isso que comecei a associar falta de educação à falta de ouvido do brasileiro. O fato de a gente ver tanta baixaria como uma catequese ambiental nos leva a concluir que música ruim é música de mal educado. No meu bairro a turma fez protesto em um posto que vende bebidas alcóolicas. Olha que ironia posto de gasolina, de onde vai sair gente dirigindo, vendendo bebida alcóolica, só no Brasil... Consequentemente essa "galerinha" de som alto vivia por lá. Pois é, o povo por aqui se mobilizou, fez corrente humana sem deixar cliente do posto entrar e a coisa melhorou sensivelmente.
Aqui em Salvador, chamar polícia e SUCOM (Órgão Regulador) não adianta nada nesses casos, por isso a turma teve que fazer alguma coisa mais drástica pra conseguir dormir no fim de semana. Serve de exemplo pra a Cidade entender que aqui é terra de ninguém mesmo, mas não é por isso que a gente deve se entregar. Interessante é que na última chuva mais forte caiu o teto desse posto. Graças a Deus que ninguém ficou ferido... Se fosse daqueles crentes super-espirituais, diria até que é vingança divina...rsrs. Achei mesmo que valeu o protesto, foi uma manifestação contra a falta de educação, o que não deixou de ser contra a música porcaria que esse povo faz, pois acredito que se a música fosse menos baixaria alguns até conseguiriam dormir embalados por alguma inteligência. Por fim fica meu apelo: abaixo essa porcaria de funk, pagode (samba-duro) da Bahia, forró safado e arrocha. Que tudo isso volte ao lixo do inferno de onde saiu!

Um comentário:

  1. Um professor da universidade escocesa estudou os vínculos entre as personalidades das pessoas e o tipo de música que gostam de ouvir e afirma que gosto musical define personalidade.
    "As pessoas frequentemente definem seu senso de identidade por seu gosto musical, as roupas que vestem, pelo fato de frequentar determinados pubs e usar certos tipos de gíria", disse ele.

    "Assim, não surpreende que a personalidade também guarde relação com os gostos musicais."
    Os fãs da música clássica e do jazz são criativos, os amantes do pop são pessoas que trabalham duro, e, apesar dos estereótipos, os ouvintes de heavy metal são tipos criativos gentis que sentem-se em paz consigo mesmos.
    Os fãs do rock e do rap são rebeldes e que os amantes da ópera são pessoas ricas e bem instruídas"
    Os fãs do jazz e da música erudita são criativos e têm boa auto-estima, embora os primeiros sejam mais extrovertidos e os segundos, mais tímidos.
    Os fãs de música country e western foram classificados como pessoas trabalhadoras e tímidas, os fãs do rap, como extrovertidas, e os fãs da música indie têm baixa auto-estima e não são muito gentis.
    As pessoas que curtem música soul podem se animar, já que a pesquisa concluiu que são criativas, extrovertidas, gentis, têm boa auto-estima e sentem-se à vontade com elas mesmas.
    Pensando neste estudo, como será que se classifica os apaixonados por arrocha, pagodão, funk, forró safado (se é que pode ser chamado de forró)? Como será o perfil? "Comedores de água" que fazem questão de não ouvir seus barulhos "repelentescos" sozinhos, pessoas que quando ouvem aquele pagodinho baiano liga na tomada e começa a dançar como um ventilador com a hélice quebrada. ô tristeza!

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