Quando o apóstolo Paulo falou que os obreiros deveriam viver do evangelho, não disse que esse evangelho poderia ser falso. Quando ele disse "viver" não falou que deveria ser com o mais alto padrão de vida. Quando ele disse "obreiro" não permitiu que fossem fraudulentos e manipuladores. Os que pregam o evangelho devem viver do evangelho. Essa frase parece mais subjetiva que permissiva. O que significa viver? Viver de forma saudável é acima de tudo estar desvencilhado de tudo que prende a pessoa a esse sistema mundial. É não ser cativo do dinheiro nem das circunstâncias. Viver é se relacionar com os outros e conviver bem com diferenças de ponto de vista, mas nunca ser condescendente com exploradores e picaretas. Uma das razões de vida é combater a injustiça que parece imperar muito mais nesses enganadores do que em qualquer estatística de desigualdade social. O mais interessante é que essa prosperidade só é financeira, não é intelectual, nem moral, muito menos espiritual. Portanto imagino que não possa nem ser chamado de evangelho, pois a boa nova que conheço tem a ver com salvação, libertação e vida eterna: tudo a ver com a ética e espiritualidade. O evangelho que conheço liberta de mamon e do engano, esse embuste que chamam de evangelho magnetiza o sujeito ao ter e ao poder, o que interessa diretamente aos seus proclamadores, topo da pirâmide. Esse laço intelectual não poderia ser diferente, pois visa a manutenção das pessoas na ignorância e ganância. É o estímulo à criação de uma geração de ladrões. O ladrão considera legítimo ter tudo aquilo que não conquista com trabalho braçal ou intelectual. Esses homens são roubadores ensinando os outros a roubarem também. Uma escola do crime travestida de evangelho. Eles tem por pai o maior ladrão de todos: o diabo. Esse câncer doutrinário é a chave para o descrédito em Deus, é o argumento do anticristo para preparar um mundo anti-cristo. O que mais me dói é que o povo parece gostar. Deus nos livre! Maranata!!!
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