09 março 2010

Dilma faz ritual de milho e pipoca no Ilê


O governador Wagner da Bahia, convidou a candidata Dilma a subir a ladeira do Curuzu em Salvador, que homenageou a Mãe de Santo, matriarca do Bloco Ilê, falecida a seis meses e participou da oferenda de milho branco e pipoca para "abrir os caminhos" (fonte sec. Comunicação Gov. Estado da Bahia)
Esse papo de estado laico no Brasil é uma grande piada. Na Bahia, as religiões de origem africana primitiva gozam do status de expressão cultural e recebem gordos incentivos governamentais para manterem suas manifestações públicas. O carnaval é subsidiado pelo governo e pela prefeitura. Não entendo como uma festa com tantos gigantes da iniciativa privada e religiões que rendem tanto dinheiro com seus rituais precisam de tanto amparo governamental para sobreviverem.
Quem já consultou uma Mãe ou Pai de Santo sabe que ritual é pago. Paga-se pelo material usado, a mão de obra que vai fazer a comida e a pessoa que vai fazer a simpatia ou feitiço colocando em uma encruzilhada ou em um jardim ou floresta. Para os governantes esse orçamento sai muito caro. Não sei o quanto a Dilma, se eleita, vai mexer pauzinhos milionários pelo milho branco e pela pipoca e pelas pombinhas que soltou no ritual para abrir seus caminhos.
Nunca entendi direito as religiões pagãs como o candomblé. O Deus do cristianismo é essencialmente bom. O que acontece de mal ao homem é como consequência de seus próprios atos que pela soberania divina se tornam passíveis de juízo. Isso me parece muito lógico. Religiões pagãs tem deuses bipolares. Algumas horas eles fazem o bem, em outras o mal, conforme a intenção de quem executa o ritual. É um deus a serviço do capricho humano, uma entidade controlável e sem personalidade.
A Dilma não começou bem sua campanha pedindo proteção a esses deuses. Talvez ela nem acredite nisso e essa tenha sido mais uma jogada política. Fato é que ela abriu uma porta espiritual para que estes influenciem suas ações. Deus nos livre de sermos governados por gente assim!

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